quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dinheiro e valores

MENSAGEM:
O dinheiro é, sem contestação, um fator importante em nossas vidas. Resolve muitas situações, porém, nem sempre permite comprar aquilo que, em determinadas situações, constitui nosso mais profundo desejo.

Podemos comprar uma casa confortável, por exemplo, mas não um lar ditoso.

Podemos comprar livros excelentes, mas não o conhecimento.

Adquirir os medicamentos mais eficientes, mas não podemos comprar a saúde.

Compramos um lugar de destaque entre os homens, mas não o verdadeiro afeto.

Com o dinheiro podemos pagar diversões sofisticadas, mas não compramos a felicidade real.

Podemos contratar advogados de renome, mas se somos culpados, não compraremos a isenção de culpa.

Com o dinheiro podemos subjugar pessoas, mas não compramos o respeito e a admiração.

O dinheiro pode pagar os melhores colégios, mas não nos isenta da educação informal.

Podemos comprar cama confortável e lençóis de luxo, mas não logramos comprar o sono.

Compramos alimentação requintada, mas o apetite não está à venda.

Enfim, podemos adquirir um lugar de destaque em cemitério luxuoso, mas não a paz de consciência no além-túmulo.

Como podemos perceber, o dinheiro é necessário, mas tem valor relativo e transitório.

Qual é o valor real do dinheiro? Não se sabe, porque em cada país ele tem um valor diferente.

Pensando assim, o bom senso nos diz que não devemos investir o tempo somente para fazer dinheiro, sob risco de ficarmos de mãos vazias nas horas mais difíceis.

Vale a pena investirmos um pouco do nosso tempo na conquista de valores imperecíveis que, no dizer de Jesus, nem a traça come, nem a ferrugem corrói.

E diríamos mais: nenhuma medida econômica desvaloriza.

Esses valores são a nossa cota de participação efetiva na construção de um lar harmonioso.

A leitura nobre e instrutiva que nos garanta a liberdade intelectual.

A aquisição de honestidade e fidelidade que nos propiciem a conquista de afetos verdadeiros.

A conquista de uma moral adequada que nos garanta, ao mesmo tempo, saúde física e paz de consciência.

Uma vivência digna que nos possibilite a entrada no outro plano da vida como homens de bem, e não como mendigos morais.
*   *   *
O homem vale pela sua expressão de sentimento e de consciência e é dentro desses valores profundos que precisamos viver, para a consecução das finalidades mais elevadas e mais puras.

Redação do Momento Espírita com base em frases de autoria ignorada
e no verbete Valor, do livro Dicionário da alma, por Espíritos diversos,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.
Em 25.05.2009.
"A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento." (Vinicius, "Em torno do Mestre")

Palestra: A Força do Pensamento Positivo

VÍDEO: Palestra Espírita - A Força do Pensamento Positivo com Jane Maiolo

Gostaria de agradecer, nesta oportunidade, ao blog Amigo Espírita (http://www.blogamigoespirita.blogspot.com) por disponibilizar gratuitamente esta palestra. Fonte: blog Amigo Espirita (youtube)

PRODUTO DA EDUCAÇÃO

A educação nos estimula para as coisas mais nobres da vida, sabemos disso; no entanto, ela é gradativa, de acordo com a nossa evolução espiritual. O modo de assimilação da educação nos meios em que se estagia é diferente de uns para os outros, de acordo com os dons despertados em cada criatura. A consciência de cada alma seleciona o que recebe, como produto do meio em que vive e dá condições à inteligência, para que esta amplie os seus valores na pauta da sua existência, e recusa o que não lhe serve, por condições que já atingiu no avanço espiritual.

Toda herança é relativa, respeitando a posição do herdeiro na vida. Consultando as grandes vidas na Terra, a razão certifïcar-nos-á desta verdade. Os Espíritos, mesmo os chamados primitivos, quando reencarnam em um meio mais evoluído, não assimilam o produto da educação oferecida, por não terem capacidade de entendimento na altura dos seus progenitores, das escolas e livros. A assertiva de que somos o produto do meio não encontra segurança nas leis da evolução. Podemos ser ou não esse produto, dependendo da faixa em que nos situemos, com aqueles com quem convivemos. E perguntamos: onde aprenderam os primeiros mestres? Qual a escola?

O aprendizado mais atuante surge das trocas de experiências entre pessoas e nações; entretanto, o surgimento do verdadeiro aprendizado das almas vem pelos processos de despertar das qualidades que, por vezes, dormem em todos os seres. Daí é que dizemos, como já falaram todos os profetas, que Toda sabedoria vem de Deus. Todo amor parte da sua magnânima personalidade.

A ideia de Deus, na grande população indígena que viveu na Terra e da qual ainda restam uns poucos elementos, é uma prova irrefutável de que Ele existe e que não foi produto do meio. Foi revelação dos próprios Espíritos que circundavam e protegiam esses elementos, nas seqüências evolutivas em que a vida os colocou.

Muitos dos senhores de engenho que dominaram o Brasil por muito tempo, alimentavam e divulgavam a idéia de que a vida terminava no túmulo e que escravos eram animais de carga. Todavia, mesmo de posse do poder da situação e da força, não tiravam dos cativos a crença da existência de Deus e das almas, que utilizavam nos batuques, os corpos dos sensitivos, para os animarem nas suas provações. Onde fica o produto do meio e da agressão? Quanto mais sofre o Espírito, mais despertam suas qualidades espirituais, mais a verdade o conduz para os caminhos da luz!

Certamente que não vamos parar no exercício sublime da educação e da instrução em todas as faixas de vida e da vida, porque é nessa persistência humana e divina que fazemos a nossa parte, junto à já feita por Deus.

Os sentimentos íntimos que todos temos, quanto à imortalidade da alma e à existência de nosso Pai Celestial, rói a primeira coisa divina colocada em nossos corações espirituais pelas mãos do Criador, em forma de luz que nos ilumina a vida. Essa certeza não se vende, não se dá, ninguém tira: é nosso patrimônio, que brilha em nós com alegria e esperança, a nos falar da felicidade eterna. A meta mais inteligente é educar e instruir. Por esses meios todos os talentos desabrocham e a vida para nós passa a ser uma vida em Cristo, na presença de Deus.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Espiritismo: Vídeo-aula 4

VÍDEO: A Vida Espiritual

Gostaria, na oportunidade, de agradecer ao site LuzEspirita.org pela disponibilização gratuita de uma série de vídeo-aulas sobre o Espiritismo. Fonte: LuzEspirita (youtube)

INTUIÇÃO DIVINA

A telepatia entre os homens é um fato constatado. Constitui-se em experiências de todos os reinos do saber. Já se conhece as suas causas e seus efeitos, com largos exemplos, nos quatro cantos do mundo. Já se sabe que cada criatura pode transmitir as suas idéias aos seus semelhantes, por vezes sem estar consciente desse ato, comum a todos os seres. Muitos buscam a perfeição ou melhoramento nas transmissões dos seus pensamentos, através de escolas, ou exercícios específicos no silêncio das coisas que se operam na vida.

E é nessa verdade que encontramos outra mais sutil: se os encarnados podem se comunicar entre si, pelos fios dos pensamentos, os desencarnados igualmente o podem, e com mais propriedade, por se encontrarem livres das cadeias da carne. E, se os homens trocam suas idéias, na serenidade das vibrações, asseguradas por leis que sustentam a harmonia, e se esses mesmos homens desencarnados continuam esse processo de comunicação recíproca, como não pensar nas possibilidades de os desencarnados transmitirem seus pensamentos aos encarnados pelo mesmo mecanismo?

Eis aí a Mediunidade, que se estende em todas as direções, pelos caminhos da sensibilidade, na regência da lei do Amor, onde a fraternidade abriu caminhos por meios da Caridade. Os homens sensíveis, querendo, podem negar, pois têm livre escolha nas suas atitudes, porém, eles conhecem quando os pensamentos nascem da sua própria mente e quando procedem de fontes espirituais, dado o peso magnético das suas vibrações. A consciência registra todos os valores e dá a conhecer à mente instintiva e atuante a procedência da conversa mental.

Usamos as comparações acima citadas, para te dizer de algo excelente, para te dizer do avanço da razão, aprimorada na seqüência do tempo e pelas bênçãos de Deus: queremos falar da intuição, que será a faculdade comum do futuro, por enquanto latente em todos os seres. É ela o veículo divino capaz de orientar todas as criaturas e fazê-las felizes, filha do progresso espiritual, nascida no amanhecer das almas, ao despertarem para a luz, para o entendimento das leis espirituais. Essa intuição, no seu princípio se chamava instinto, dominando animais e homens nos seus primeiros passos. E se os homens primitivos já possuíam em suas consciências a idéia de Deus e viviam em tribos espalhadas pela Terra, sem condições de comunicação entre si, qual a origem dessa consciência de um Poder Supremo? E se não existe causa sem efeito, nem efeito sem causa, essa causa será, certamente, esse Deus que tanto amamos, que fala a tudo e a todos da Sua existência, pelos processos compatíveis com os que devem e precisam escutar a Sua voz dentro da alma.

A certeza da existência de Deus é a de que Ele existe. Não há outra lógica no mundo das deduções humanas e espirituais, e tudo que vive canta louvores ao Criador, na dimensão que lhe é própria; e nós, já na condição de Espírito humano, como sendo as flores da grande árvore plantada por Deus no jardim cósmico, cantemos juntos, encarnados e desencarnados, o hino de gratidão ao Supremo Senhor do Universo, pelo que somos e atingimos na escala da vida! Esse cântico deve ser manifestado pela vida reta, mesmo nas estradas tortuosas onde nos situamos. Busquemos a intuição divina, para que a Divina Intuição nos ampare e nos desperte para a verdade que nos fará livres!

Espiritismo: Vídeo-aula 3

VÍDEO: Obras Básicas da Codificação

Gostaria, na oportunidade, de agradecer ao site LuzEspirita.org pela disponibilização gratuita de uma série de vídeo-aulas sobre o Espiritismo. Fonte: LuzEspirita (youtube)

EXISTÊNCIA DE DEUS

A existência de Deus se expressa cada vez mais, com tonalidades fulgurantes, em toda a literatura humana, mostrando e fazendo sentir a todos os povos que o Criador se encontra mais perto de nós do que nós uns dos outros. Ele é a razão do nosso viver e, ainda se conclui, que Ele não tem forma definida e é capaz de tomar todas as dimensões, na proporção das necessidades de cada criatura. Deus está no máximo, mas desce ao mínimo, desde que haja urgência na evidência de Suas qualidades aos sentidos mais apurados da alma.

O Senhor é a ponte de comando de todas as religiões, na feição em que estas podem se expressar, onde foram chamadas a servir. Ele vigia os véus que regulam o saber dos homens ante a própria ciência, para que o equilíbrio se manifeste. Os grandes missionários registram em tudo a Sua presença infalível. Todas as filosofias falam da Sua presença divina, pelos recursos que a linguagem alcançou, e o progresso é o Seu agente revelador em todos os quadrantes do mundo.

Não existe alguém na face da Terra que não creia em Deus. Existem, sim, alguns que ainda não perceberam a Sua paternidade, por orgulho ou ignorância, o que não deixa de ser a mesma coisa. Ele vibra em tudo e pronuncia a mesma mensagem em tudo que ocupa um lugar no Seu "corpo ciclópico", na imensidão universal. E cada um, em cada coisa existente, registra a Sua presença insuperável, de acordo com o Seu porte evolutivo; eis aí a justiça, o próprio Amor.

Computando valores e somando idades, na cronologia peculiar aos homens, a cada dia que passa, a cada ano que corre na tela do nosso tempo, o Arquiteto Divino fica mais presente na nossa visão e nos fala mais de perto, pelos registros dos nossos sentidos. Não que o Senhor se encontre mais ou menos longe. Ele está no mesmo lugar; nós outros é que, pelo despertar dos valores espirituais, vamos gradativamente abrindo as portas do entendimento, pelas mãos da maturidade espiritual.

Nenhuma pessoa, nenhum Espírito, nem algo que exista, é órfão da misericórdia, da bondade e da presença de Deus, que nos comanda todos. Essa é a grande esperança e a grande alegria que nos impulsiona a viver.

Se não há efeito sem causa, não precisamos de maiores explicações para provar a existência de Deus; basta levantarmos os olhos para a extensão infinita dos mundos, que bailam nos espaços, para a mecânica das galáxias, que viajam em velocidades incríveis na grande casa universal, para a vida dos sóis, para a harmonia do universo, e sentiremos constrangimento no centro da consciência, em negar a existência d'Aquele que fez tudo isso, e a nós também, por bondade e alegria.

E, quando se fala na microvida, que são caminhos diversos do macro, apresentando os mesmos roteiros do infinito? Como negar aquilo que existe mais do que nós próprios? Nós, em Espírito, ainda estudamos os princípios da função biológica dos homens. O corpo físico é a síntese do universo, é a cópia perfeita do macrocosmo, que deverá funcionar em plena harmonia com a Divindade, quando o homem se conscientizar dos seus deveres perante a natureza. A maior maravilha da Terra, em se falando das coisas materiais, é o soma humano. E os corpos espirituais a ele interligados, para que o Espírito se manifeste? E o Espírito, essa gema divina? E a harmonia de tudo o que existe?

Como não crer no Criador de todas essas coisas? Começa, meu irmão, a pensar pelo menos no sol que dá vida e sustenta o ambiente em que moras e não terás outro caminho a não ser aceitar um Criador que tenha, na linguagem comum, a Suprema Inteligência.

Repitamos o que afirmou O Livro dos Espíritos: Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.

Espiritismo: Vídeo-aula 2 (2ª parte)

VÍDEO: Origens do Espiritismo (segunda parte)

Gostaria, na oportunidade, de agradecer ao site LuzEspirita.org pela disponibilização gratuita de uma série de vídeo-aulas sobre o Espiritismo. Fonte: LuzEspirita (youtube)

DEFINIÇÃO INCOMPLETA

A Suprema Majestade do Universo é, por dignidade própria, o Inconcebível e o Incomparável. Não é digno de um raciocínio apurado dizer que Deus é infinito. Se não sabemos o que é o infinito, por faltar, ainda que seja uma abstração, sentido para tal, na mente dos povos, e mesmo dos Espíritos, Ele passa a ter a Sua existência; e, se Ele existe, foi criado. Não pode ser, nem ter os mesmos valores do seu Criador. A dedução formulada surge, certamente, da pobreza de linguagem, nunca para diminuir a personalidade central de todas as coisas. Nada se pode comparar ao Arquiteto Universal; da sua vida estuante e vigorosa saem vidas com a marca do Seu amor incomparável. Somos todos filhos do Amor.

Nós, os Espíritos encarnados e desencarnados, devemos nos contentar em sentir Deus em todas as coisas, sem pretender o conhecimento completo da Sua magnânima natureza. Somente Ele conhece a Si mesmo.

A nossa evolução, ou despertar, é gradativa em todas as circunstâncias. O saber sobre o Senhor nos vem pela força do progresso, que no-lo entrega pelas mãos do tempo. Se a natureza não dá saltos em campo algum de vida, comecemos a estudar a nós mesmos com grandes vantagens em relação ao conhecimento de Deus e, se quisermos avançar mais, entremos na escola do Amor, que ele poderá nos transmitir as primeiras lições sobre os atributos da Divindade.

Somos Espíritos imortais. Estamos inseridos, se assim podemos dizer, no bojo do infinito, cujo movimento lembra a inspiração e expiração que nos sustenta todos. Usamos de todos os meios disponíveis que já conhecemos para conhecer o desconhecido, pois é a razão, a ciência, a filosofia e a própria religião, que nos induzem a isso; no entanto, somente o amor mais puro é que nos faz sentir o nosso Pai mais próximo de nós, a pulsar dentro dos nossos corações e a nos dizer: A paz seja convosco, que traduz toda a felicidade na brandura e suavidade do seu calor espiritual.

Se o infinito passar a existir e for conhecido pelas almas com seus variados mistérios, não poderemos toma-lo como a causa primária de todas as coisas e, sim, como atributo da Inteligência Maior. Todas as comparações que fazemos de Deus, todos os relevantes postos que a Ele atribuímos O diminuem em vista da nossa pobreza de linguagem, porque Ele é, em essência, Incomparável.

Deus é infinito nas suas perfeições, nas qualidades inerentes a sua personalidade que se irradia em todas as direções, que sustenta e dá existência a todas as dimensões do existir.

Ele é o Todo que se vê e, muito mais, tudo o que os nossos sentidos não alcançam.

Ele é Espírito e importa, sim, que O adoremos em Espírito e verdade. Ele está presente nas claridades do máximo e na luz do mínimo.

Ele vibra nas fornias das estrelas e canta nos movimentos dos átomos.

Ele faz mover todas as constelações e harmoniza todo o ninho cósmico.

Ele sorri para nós através das flores, e nos dá as mãos pelas mãos dos nossos benfeitores.

Deus é ternura, na ternura do seu coração.

Sabemos que toda definição, se referindo a Deus, é incompleta; todavia, vamos transcrever a do Apóstolo João, por não encontrarmos outra melhor: Deus é Amor. Ainda assim, entendemos que o Amor é atributo da Divindade.

Espiritismo: Vídeo-aula 2 (1ª parte)

VÍDEO: Origens do Espiritismo

Gostaria, na oportunidade, de agradecer ao site LuzEspirita.org pela disponibilização gratuita de uma série de vídeo-aulas sobre o Espiritismo. Fonte: LuzEspirita (youtube)

A GRANDEZA DO INFINITO

O infinito, como que desconhecido para todos nós, é a casa de Deus, cujas divisões escapam aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados. O Pai Celestial está, por assim dizer, no centro de todas as coisas que existem e, ainda mais, se encontra onde achamos a permanência do nada.

Se acreditamos somente naquilo que vemos e que tocamos, somos os mais infortunados dos seres, pois, desta forma agem também os animais. A razão nos diz, e a ciência confirma pelas inúmeras experiências dos próprios homens, que o desconhecido tem maior realidade. O que as almas encarnadas não vêem e não podem tocar definem a existência de força energética, senão inteligência exuberante, capaz de nos mostrar a verdadeira grandeza do infinito em todas as direções do macro e do microcosmo.

Se sentimos dificuldade para definir o que é a vida, certamente não sabemos explicar o que é o infinito, que está configurado na ordem dos mistérios de Deus. Compete a nós outros darmos as mãos em todas as faixas da existência e alistarmo-nos na escola do Senhor sem perda de tempo, sem desprezar o espaço a nós oferecido, por misericórdia do Criador.

Estamos situados em baixa escala, no pentagrama evolutivo. Falta-nos a capacidade de discernir certas leis que regem o universo, como as leis menores que nos sustentam todos em plena harmonia, como micro vidas nos céus da Divindade. Devemos estudar constantemente, cada vez mais, no grande livro da natureza, cujas páginas somente encontraremos abertas, pela visão do amor. Nada errado existe na lavoura universal, o erro está em quem o encontra. Basta pensarmos que o perfeito nada faz sem o timbre da sua perfeição, para crermos que tudo se encontra onde deve estar e onde a vontade do Senhor desejar.

Vivemos em um mundo de duras provas, de reajustes em busca da harmonia. O Cristo é a porta dessa felicidade, nos ensinando a conquistar este estado d' alma com as nossas próprias forças, porque Deus sempre faz primeiro a Sua parte em nosso favor, em favor de todos os Seus filhos. Ninguém é órfão da Bondade Suprema.

O infinito é infinito para nós; para Deus é o Seu Lar, onde vibra o amor e onde o perfume exalante é a alegria na sua pureza singular. É de ordem comum nos planos superiores, que devemos começar pelas lições mais elementares, que nos despertam o coração, primeiramente, para a luz do entendimento.

Querer buscar entender o profundamente desconhecido, sem se iniciar nos rudimentos da educação espiritual, é perder tempo e andar nas perigosas e escuras estradas da ignorância. Se queremos conhecer alguma coisa, no que se refere ao infinito, principiemos na auto-educação dos costumes, observando quem já fez este trabalho, e copiemos suas lutas, que os céus da nossa mente abrir-se-ão e as claridades da sabedoria universal nos banharão com o esplendor da conscientização da Verdade.

Quem deixa para depois o conhecimento de si mesmo e tenta a sabedoria exterior, desconhece a verdadeira porta da felicidade. Cada Espírito é um mundo, um universo em miniatura, onde mora Deus e vibram todas as Suas leis, em ação compatível com o tamanho da individualidade. Assim, para entender o infinito da Criação, necessário se faz começar a entender o infinito da alma.

Espiritismo: Vídeo-aula 1

VÍDEO: Apresentando a Doutrina Espírita

Gostaria, na oportunidade, de agradecer ao site LuzEspirita.org pela disponibilização gratuita de uma série de vídeo-aulas sobre o Espiritismo. Fonte: LuzEspirita (youtube)

A SUPREMA INTELIGÊNCIA

O primeiro interesse de Allan Kardec foi saber dos Espíritos quem era Deus e eles responderam dentro da maior simplicidade, mas com absoluta segurança: Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.

Não poderemos nos sentir seguros onde quer que estejamos, sem pelo menos alimentar a idéia de uma fonte criadora e imortal. O estudo sobre o Senhor nos dá um ambiente de fé que corresponde, na sua feição mais pura, à vontade de viver. Sentimos alegria ao entrarmos em contato com a natureza, pois ela fala de uma inteligência acima de todas as inteligências humanas, de um amor diferente daquele que sentimos, de uma paz operante nos seus mínimos registros de vida. O Deus que procuramos fora de nós está igualmente no centro da nossa existência, porque Ele está em tudo, nada vive sem a Sua benfeitora presença.

O Criador estabeleceu leis na Sua casa maior, que cuidam da harmonia na mansão divina, sem jamais esquecer do grande e do pequeno, do meio e dos extremos, para que seja dado, a cada um, segundo as suas necessidades. Não existe injustiça em campo algum de vida, pois cada Espírito ou coisa se move no ambiente que a sua evolução comporta; daí resulta o porquê de devermos dar graças por tudo o que nos é colocado no caminho.

É justo, entretanto, que nos lembremos do esforço individual, e mesmo coletivo, de sempre melhorar, como sendo a nossa parte, para alcançarmos o melhor. Aquele que acha que tem fé em Deus, mas que vive envolvido em lugares de dúvida, com companheiros que não correspondem às suas aspirações de esperança, ainda carece da verdadeira fé, iluminada pela temperatura do amor. É a confiança que requer reparo. Assim sucede com todas as virtudes conhecidas e, por vezes, vividas por nós.

Estudemos a harmonia do Universo, meditemos sobre ela, pedindo ao Mestre que nos ajude a compreender esse equilíbrio divino, porque se entrarmos em plena ressonância com a Criação sanar-se-ão todos os problemas, serão desfeitas todas as dificuldades e todos os infortúnios cessarão. Somente depois disso, pelas vias da sensibilidade e pelo porte espiritual que escolhemos para viver, é que teremos a resposta mais exata sobre o que é Deus.

Conhecer e Amar são duas metas que não poderemos esquecer em todos os nossos caminhos. Esses dois estados d'alma abrir-nos-ão as portas da felicidade, pelas quais poderemos viver em pleno céu, mesmo estando andando e morando na Terra. A Suprema Inteligência está andando conosco e falando constantemente aos nossos ouvidos, em todas as dimensões do entendimento, porém, nós ainda estamos surdos aos Seus apelos e passamos a sofrer as conseqüências da nossa ignorância. Todavia, o intercâmbio entre os dois mundos acelera uma dinâmica sobremodo elevada a respeito das coisas divinas, para melhor compreensão daqueles que dormem, e o Cristo, como guia visível através das mensagens, toca os clarins da eternidade anunciando novo dia de libertação das criaturas, mostrando onde está Deus e que é Deus, que nos espera, filhos do seu Coração, de braços abertos, como Pai de Amor.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O significado do Natal

MENSAGEM:
Ei, você, aonde vai com tanta pressa?

Eu sei que você tem pouco tempo...

Mas, será que poderia me dar uns minutos da sua atenção?

Percebo que há muita gente nas ruas, correndo como você.

Para onde vão todos?

Os shoppings estão lotados...

Crianças são arrastadas por pais apressados, em meio ao torvelinho...

Há uma correria generalizada...

Alimentos e bebidas são armazenados...

E os presentes, então? São tantos a providenciar...

Entendo que você tenha pouco tempo.

Mas, qual é o motivo dessa correria?

Percebo, também, luzes enfeitando vitrines, ruas, casas, árvores...

Mas, confesso que vejo pouco brilho nos olhares...

Poucos sorrisos afáveis, pouca paciência para uma conversa fraternal...

É bonito ver luzes, cores, fartura...

Mas seria tão belo ver sorrisos francos...

Apertos de mãos demorados...

Abraços de ternura...

Mais gratidão...

Mais carinho...

Mais compaixão...

Talvez você nunca tenha notado que há pessoas que oferecem presentes por mero interesse...

Que há abraços frios e calculistas...

Que familiares se odeiam, sem a mínima disposição para a reconciliação.

Mas, porque você me emprestou uns minutos do seu precioso tempo, gostaria de lhe perguntar novamente: Para que tanta correria?

Em meio à agitação, sentado no meio-fio, um mendigo, ébrio, grita bem alto: Viva Jesus. Feliz Natal!

E os sóbrios comentam: É louco!

E a cidade se prepara... Será Natal.

Mas, para você que ainda tem tempo de meditar sobre o verdadeiro significado do Natal, ouso dizer:

O Natal não é apenas uma data festiva, é um modo de viver.

O Natal é a expressão da caridade...

E quem vive sem caridade desconhece o encanto do mar que incessantemente acaricia a praia, num vai-e-vem constante...

Natal é fraternidade...

E a vida sem fraternidade é como um rio sem leito, uma noite sem luar, uma criança sem sorriso, uma estrela sem luz.

Mas o Natal também é união...

E a vida sem união é como um barco furado, um pássaro de asas quebradas, um navegante perdido no oceano sem fim.

E, finalmente, o Natal é pura expressão de amor...

E a vida sem amor é desabilitada para a paz, porque em sua intimidade não sopra a brisa suave do amanhecer, nem se percebe o cenário multicolorido do crepúsculo.

Viver sem a paz é como navegar sem bússola em noite escura... É desconhecer os caminhos que enaltecem a alma e dão sentido à vida.

Enfim, a vida sem amor... Bem, a vida sem amor é mera ilusão.
*   *   *
Que este Natal seja, para você, mais que festas e troca de presentes...

Que possa ser um marco definitivo no seu modo de viver, conforme o modelo trazido pelo notável Mestre, cuja passagem na Terra deu origem ao Natal...
*   *   *
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 10, ed. Fep.
Em 01.06.2009.
"Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...” (Chico Xavier)

Oração de Natal

Jesus, que neste Natal, Seu olhar de luz penetre nossa alma, como a brisa morna da primavera, e acorde a esperança adormecida sob as folhas secas das ilusões, dos medos, da indiferença, do desespero...

Que Seu perfume, suave como a ternura, envolva todo o nosso ser, confortando-nos e despertando a alegria que jaz esquecida por trás das lamúrias e distrações do caminho...

Que o bálsamo do Seu amor acalme as nossas dores, silencie as nossas queixas, socorra a nossa falta de fé.

Que, neste Natal, o calor da Sua bondade se derrame sobre o nosso Espírito e derreta o gelo milenar do egoísmo que nos infelicita e faz infelizes nossos semelhantes...

Que Seu coração generoso afine as cordas da harpa viva que vibra em nossa intimidade, e possamos cantar e dançar, até que o preconceito fuja, envergonhado, e não mais faça morada em nós...

Que o Seu canto de paz seja ouvido por todos os povos, do Oriente e do Ocidente, e as guerras nunca mais sejam possíveis entre a raça humana...

Que, neste Natal, Suas mãos invisíveis e firmes sustentem as nossas, e nos arranquem dos precipícios dos vícios, da ira, dos ódios que tanto nos infelicitam...

Que a água cristalina da Sua misericórdia percorra nossa alma e remova o lodo do ciúme, da inveja, do desejo de vingança, e de tantos outros vermes que nos corroem e nos matam lentamente...

Que o bisturi do Seu afeto extirpe a mágoa que se aloja em nosso íntimo e nos turva as vistas, impedindo-nos de ver as flores ao longo do caminho...

Que, neste Natal, a pureza da Sua amizade faça com que possamos ver apenas as virtudes dos nossos amigos, e os abracemos sem receio, sem defesas, sem prevenções...

Que Seu canto de liberdade ecoe em nós, para que sejamos livres como as falenas que brincam na brisa morna, penetrada pela suavidade da luz solar...

Que o sopro da Sua fé nos impulsione na direção das estrelas que cintilam no firmamento, onde não mais se ouvem gemidos de dor, e onde a felicidade plena já é realidade.

Ensine-nos, Jesus, a amar, a fazer desabrochar em nossa alma esse sol interior que nos fará luz por inteiro...

Ajude-nos a desenvolver o gosto pelo conhecimento, para que possamos encontrar a verdade que nos libertará da ignorância pertinaz...

E, por fim, Jesus, que neste Natal cada ser humano possa sentir a Sua presença sábia e amiga, convidando a todos a uma vida mais feliz...

Tão feliz que Sua mensagem não mais seja um tímido eco repercutindo em almas vacilantes, mas que seja uma grande melodia que vibra o amor em todos os cantos da Terra...
*   *   *
Redação do Momento Espírita.
Em 19.09.2008.
"O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade." ("Opinião Espírita")

Amanhã é Natal

MENSAGEM:
Os dias se sucedem tão rápidos que nem nos damos conta... e amanhã já é Natal outra vez...
Foram tantas as lutas...

Você certamente teve problemas, trabalhou, sofreu, sorriu... como todo mundo.

Foram tantos os obstáculos... mas as forças foram ainda maiores, que permitiram superá-los.

Os desentendimentos familiares não foram poucos... mas a fraternidade logrou êxito.

Um filho querido talvez tenha adentrado pelos escuros caminhos das drogas, mas a coragem foi tanta que deu suporte nos momentos amargos.

O lar, tão tranquilo outrora, esteve ameaçado por terríveis tempestades... Quase sucumbiu... mas os laços fortes do amor o sustentaram...

A separação promovida pela morte dilacerou as fibras mais sutis da alma... mas a fé em Deus e a certeza da Imortalidade conseguiram cicatrizá-las.

A enfermidade cruel nos visitou ou visitou os entes queridos, mas a confiança e a dedicação conseguiram afastá-la.

Enfim, foram tantas dores, tantos momentos amargos... mas também tantas alegrias, tantas vitórias...

Amanhã é Natal...

E Natal é tempo de fraternidade, perdão, solidariedade...

E porque amanhã é Natal, reunamo-nos todos os que lutamos juntos, na alegria e na dor, e que apesar de tudo permanecemos unidos.

Olhemos para a mãezinha a quem chamamos o ano inteiro para pedir roupa limpa, comida, e digamos: Mãe, o que seria da minha vida sem você? Eu a amo, mãezinha querida.

Ao pai a quem só nos dirigimos para pedir dinheiro, carro emprestado, cartão de crédito, e falemos com carinho: Olá, paizão! Apesar de não ter o costume de dizer eu o amo, tenho certeza de que minha vida não teria sentido sem você.

Acerquemo-nos daquele irmão com quem não conversamos, olhemos nos seus olhos e falemos: Olá, mano! Que bom ter você no meu caminho!

Aproximemo-nos daquele filho drogado, infeliz, rebelde, e falemos com ternura: Filho, você é a estrela da minha estrada! Sem você a vida não teria sentido...

E, porque amanhã é Natal... busquemos a serviçal doméstica, que chega ao nosso lar muitas vezes antes do sol nascer e só vai embora depois que o último filho chega do colégio, para lavar a louça e deixar tudo em ordem, e digamos: Minha amiga, precisamos uns dos outros. Que bom poder contar com você por mais um ano!

E, porque amanhã é Natal... olhemos para nosso patrão e falemos o quanto ele tem sido importante em nossa vida, pois nos ajuda a ganhar o pão de cada dia.

E, porque amanhã é Natal... busquemos um lar pobre, onde a fome insiste em se fazer presente e a expulsemos, ainda que por um dia...

Levemos uma alimentação saborosa, temperada com o nosso mais puro afeto e permaneçamos por algum tempo junto aos habitantes, irmãos financeiramente mais carentes que nós.
*   *   *
E, porque amanhã é Natal... lembremo-nos do Aniversariante mais ilustre de que a Terra teve notícias...

Arrebentemos os laços de discórdia que porventura haja entre os familiares e amigos e abracemo-nos com ternura.

E, porque amanhã é Natal... mostremos ao Aniversariante que a Sua vinda à Terra não foi em vão...

Roguemos que nos perdoe por tê-Lo crucificado... E deixemos que Ele nos abrace e nos aconchegue junto ao Seu coração magnânimo...

Porque, amanhã, é Natal...
*   *   *
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v.4 e
no livro Momento Espírita, v. 4, ed. Fep.
Em 29.03.2010.
"A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento." (Vinicius, "Em torno do Mestre")

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Em torno da gratidão

MENSAGEM:
Parcela considerável da Humanidade presta atenção exclusivamente ao que lhe falta.

Entre inúmeras e grandes bênçãos, valoriza pequenos problemas.

Essa característica é lamentável, pois pode tornar mesquinho aquele que a possui.

Constitui um triste espetáculo a pessoa abençoada que se lamenta sem cessar.

Esquecida de agradecer pelas alegrias, considera-se mais necessitada do que as outras.

Com esse estado de espírito, não se comove com a miséria alheia.

Deixa de valorizar e utilizar seus recursos na construção de um mundo mais justo e fraterno.

Assim, se você não aprova a ingratidão, cuide para não adotar esse gênero de comportamento.

Preste atenção nas inúmeras graças com que é continuamente brindado pela vida.

Se tem familiares complicados, pense em quem é completamente sozinho.

Inúmeros órfãos não contam com o apoio de ninguém.

Reflita também sobre os velhos sem amparo.

Seus parentes podem ser difíceis, mas estão ao seu lado.

Apesar de todos os embates, são uma presença familiar e fazem parte da sua história.

Valorize-os.

A resposta da gratidão

MENSAGEM:
Jim nunca imaginou que as coisas acontecessem daquela forma. Enquanto trabalhava como salva-vidas, amava o que fazia.

Num dia de folga, andando pela praia, ele viu uma mulher em perigo. Jogou-se n’água e a trouxe para a praia.

Depois a carregou até o posto salva-vidas, onde uma ambulância a levou para o hospital.

Victória ficou muito agradecida e passou a visitá-lo, de vez em quando, no posto.

Quando sabia que ele estava trabalhando, mandava-lhe pizza. Jim retribuía com visitas e telefonemas.

Os outros rapazes faziam gozação da sua amizade com aquela senhora. Ele não ligava.

Durante anos, mantiveram a amizade. Certo dia, retornando de uma viagem, Jim ligou para a casa dela. Quem atendeu foi uma jovem, que se identificou como bárbara.

Era sua sobrinha. Contou-lhe que Victoria havia morrido, vítima de um derrame. A sobrinha viera de outra cidade para resolver alguns negócios da tia.

Ela sabia tudo a respeito dele porque sua tia lhe falou. O tempo passou.

Uma noite, numa festa na praia, com amigos, Jim percebeu que as coisas estavam saindo do controle.
Bebidas e drogas começaram a circular. Ele decidiu ir embora. Logo depois, uma mulher que ele havia conhecido apenas algumas horas antes, também saiu.

Quando ela foi dada como desaparecida e seu vestido esfarrapado foi encontrado ao lado da estrada, ele foi acusado de assassinato.

Parecia um pesadelo. Ele mal a conhecia. Era uma acusação maluca. Mas a polícia precisava de um suspeito. E ele era um suspeito.

sábado, 27 de novembro de 2010

Caridade do pensamento

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.
Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.

Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.

Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as idéias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.

Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.

Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.

Cultivemos a caridade do pensamento.

Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.

No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
CEU, 1983.
"Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...” (Chico Xavier)

Acidentes

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Reflitamos nisto:
se tiveres humildade e calma,
num instante de crise,
guarda a certeza
de que conseguirás
evitar longo tempo
de remorso e pesar.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
2a edição. Jabaquara, SP: CEU, 1981.
"O Espiritismo , que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional." (Allan Kardec)

À Luz do Espiritismo

TEXTO PSICOGRAFADO POR DIVALDO FRANCO DO ESPÍRITO VIANNA DE CARVALHO
A história da Humanidade tem, no livro nobre, seu gloriosos repositório. Em todos os tempos o livro tem sido o condutor das mentes e o mensageiro da vida.

O Mahabharata, que remonta ao século XVI antes de Cristo, narrando as guerras dos Coravas e Pandavas, é o ponto de partida do pensamento lendário da India, apresentando Krishna, no excelente Bagavadgita, a expor a Ardjuna incomparável filosofia mística onde repontam as nobres revelações palingenésicas.

A Bíblia - antigo Testamento - historiando as jornadas de Israel, oferece a concepção sublime do deus Único, Soberano e Senhor de todas as coisas.

Platão, cuja filosofia tem por método a dialética, expondo os pensamentos de Sócrates, seu mestre, nos jardins de Academos, coroa sua obra com a harmoniosa teoria das idéias, afirmando, no memorável "Fédon!, "que viver é recordar" e expressando a cultura haurida no Egito, onde recebera informações sobre a doutrina dos renascimentos.

O Evangelho de Jesus Cristo, traduzido para todos os idiomas e quase todos os dialetos do globo, faz do amor o celeiro de bênçãos da Humanidade.

O Alcorão, redigido após a morte de Maomé e dividido em 114 suratas ou capítulos, constitui a base de toda a civilização muçulmana, fonte única da verdade, do direito, da justiça...

Sem desejarmos reportar-nos à literatura mundial, não podemos, entretanto, esquecer que Agostinho, através das suas Confissões, inaugurando um período novo para o pensamento, abriu as portas para o estudo da personalidade, numa severa autocrítica, e que Tertuliano, com a Apologética, iniciou uma era para o Cristianismo que se mescla, desde então, com dogmas e preceitos que lhe maculam a pureza, através de sutilezas teológicas.

Dante, o florentino, satirizando seus inimigos políticos, apresentou uma visão mediúnica da vida além-túmulo.

Monge anônimo sugeriu uma Imitação de Cristo como vereda de sublimação para a alma encarnada...

Nostradamus, astrólogo e médico, escreveu sibilinamente as Centúrias, gravando sua visão profética do futuro.

Camões, com pena de mestre, compôs Os Lusíadas e registra os feitos heróicos de Portugal, repetindo os lances de Flávio Josefo em relação aos judeus e dos historiadores greco-romanos de antes de Jesus Cristo.

Depois do Renascimento, como advento da imprensa, o campo das idéias sofreu impacto violento, graças à força exuberante do livro. Pôde, então, o mundo pensar com mais facilidade.

A Revolução Francesa é o fruto do livro enciclopédico, com ela nascendo as lutas de independência de todo o Novo Continente, inspiradas nas páginas épicas da liberdade.

Artur Schopenhauer, entretanto, sugeriu o suicídio, no seu terrível pessimismo, em Dores do Mundo, enquanto Friedrich Nietzsche, no famoso Assim Falava Zaratrusta, tentou solucionar o problema espiritual e moral do homem, através de uma filosofia da cultura da energia vital e da vontade de poder que o conduz ao "super-homem", oferecendo elementos aos teorizantes do racismo germânico, de cujas conseqüências ainda sofre a Humanidade.

Karl Marx, sedento de liberdade, expôs de maneira puramente materialista a solução dos problemas econômicos do mundo em O Capital e criou o socialismo científico, que abriu as portas ao moderno comunismo ateu.

Leão XIII compôs a Encíclica Rerum Novarum para solucionar as dificuldades nascidas nos desajustes de classes, oferecendo aos operários humildes, bem como aos patrões, os métodos do equilíbrio e da paz; todavia, a própria Igreja Romana continuou a manter-se longe da Justiça Social...

E o livro continua libertando, revolucionando, escravizando...

Clássico ou moderno, rebuscado ou simples, o livro campeia e movimenta mentes, alargando ou estreitando os horizontes do pensamento.

É, em razão disso, que um novo livro, recordando todos os livros, oferece ao homem moderno resposta nova às velhas indagações, propondo soluções abençoadas em torno do antiqüíssimo problema da felicidade humana.

O LIVRO ESPÍRITA, como farol em noite escura, é também esperança e consolação.

Esclarecendo quem é o homem, donde vem e para onde vai, sugere métodos mais condizentes com o Cristianismo - Cristianismo que é a Doutrina Espírita - num momento de desesperação de todas as criaturas.

Renovador, o Livro Espírita encoraja o espírito em qualquer situação; esclarece os enigmas da psique humana; filosófico, desvela os problemas do ser; religioso, conduz o homem a Deus, e abrange todos os demais setores das atividades humanas.

Desse modo, o Livro Espírita - no momento em que a literatura de desumaniza e vulgariza, tornando-se serva dos interesses subalternos de classe e governo, política e raça, fronteira e poder - disseminando o amor e propagando a bondade, oferece ao pensamento universal as excelentes oportunidades de glória e imortalidade.

Saudemo-lo, pois!

*   *   *
Franco, Divaldo P.. Da obra: O Livro Espírita.
Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho.
"O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade." ("Opinião Espírita")

Pensamentos

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO MEIMEI
Deus é nosso Pai.

Somos irmãos uns dos outros.

Jesus é o Divino Mestre que Deus nos enviou.

A oração é o meio imediato de nossa comunhão com o Pai Celestial.

Nossos melhores pensamentos procedem da inspiração do Alto.

A presença de Deus pode ser facilmente observada na bondade permanente e na inteligência silenciosa da Natureza que nos cerca.

Devemos amar-nos uns aos outros.

A voz divina pode ser reconhecida nos bons conselhos.

Sempre que ajudarmos, seremos ajudados.

Em nossa terna Mãezinha,
Cheia de santa afeição,
Sentimos que Deus nos fala
No fundo do coração.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
" Espiritismo anda no ar: Difunde-se pela força mesma das coisas porque torna felizes os que o professam." (Allan Kardec)

Existência de Deus

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO MEIMEI
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

- O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
"A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento." (Vinicius, "Em torno do Mestre")

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Perdão necessário

MENSAGEM:
O perdão é uma necessidade na vida de qualquer pessoa.

Trata-se de um recurso que auxilia a seguir em paz a caminhada.

A existência humana é cheia de percalços e decepções.

A disparidade das personalidades causa pequenos e grandes atritos.

Mesmo criaturas boas e honradas às vezes magoam os semelhantes.

A própria dinâmica do mundo moderno dificulta que se dê a atenção devida às expectativas e aos sentimentos dos outros.

Quem se permite acumular mágoas torna-se infeliz.

Sempre há algo de ruim a ser recordado.

Pode ser uma indelicadeza, uma falta de atenção ou uma palavra mal colocada.

O homem que se dedica a procurar defeitos e ofensas certamente as encontra.

Entretanto, a mesma pessoa que ofendeu, talvez sem querer, também auxiliou inúmeras vezes.

É uma questão de escolher o que se deseja valorizar.

O que é mais importante?

Inúmeras gentilezas ou uma expressão grosseira?

Verdadeiro perdão

MENSAGEM:
Em diversas ocasiões os discípulos indagaram a Jesus sobre o perdão.

Muitos foram os ensinamentos do Mestre Nazareno a respeito do tema.

Perdoar para que Deus nos perdoe, foi um deles.

Por meio da oração do Pai Nosso, Jesus mostrou-nos que é necessário que saibamos perdoar àqueles que nos ofendem para que possamos merecer o perdão de Deus para nossas faltas.

Se formos intolerantes e severos para com os outros, como poderemos pretender receber um tratamento menos rigoroso de Deus?

Serão utilizados para nós os mesmos parâmetros, as mesmas medidas que usarmos para julgar os outros.

Esse ensinamento é coerente com o princípio evangélico de que devemos fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem.

Se queremos sinceramente que Deus nos perdoe pelos nossos equívocos, devemos nós, antes de qualquer coisa, oferecer o verdadeiro perdão àqueles que nos ofendem.

E o verdadeiro perdão consiste em esquecer plena e incondicionalmente as injúrias e os males sofridos, apagando-os da memória.

É não retribuir o mal com o mal.

Não guardar rancor, nem ódio.

É não desejar vingança.

Aliás, a vingança é um resquício dos costumes bárbaros que, lamentavelmente, ainda restam na Terra.

Mestres do perdão

MENSAGEM:
Eram duas crianças a brincar. Amigos. Vizinhos. Um desfrutava de privilegiada situação social. Toda novidade em matéria de brinquedos lhe chegava, de forma rápida, às mãos.

O outro era o amigo que, por conta justamente da amizade, desfrutava com alegria desses pequenos prazeres da infância.

Naquele dia, a novidade era um trem. Nada sofisticado. Mas um trem de cores vivas que, nas mãos dos garotos logo adquiriu vida.

O trem ia de uma cidade a outra. Com rapidez. Recebia pessoas aqui, deixava outras ali. Transpunha distâncias em segundos, na imaginação fértil dos petizes, dando quase a volta ao mundo.

A geografia não importava muito. Em um momento, estavam numa localidade. Em outro, tinham transposto o mar e se encontravam em outra.

Assim seguia a brincadeira, até o momento em que o amiguinho resolveu que o trem deveria ficar mais tempo em suas mãos.

Afinal, o dono do trem o detinha em demasia. Ele fazia as viagens mais longas, mais emocionantes.

À conta disso, começou uma discussão. O trem é meu, então fico com ele tanto tempo quanto quero!

Mas eu sou seu amigo e seu convidado! Você tem que me deixar dirigir o trem.

E uma pequena disputa se travou. Os dois meninos agarraram o trem, cada um puxando de um lado.

Puxa daqui, puxa dali. O dono do brinquedo puxou com mais vigor. Caiu e o brinquedo lhe bateu na fronte, ferindo-o de leve.

Mas a dor da batida e um pequeno filete de sangue, que logo apareceu, fez com que o choro começasse.

A lição do perdão

MENSAGEM:
O que você faria se, de repente, por uma circunstância qualquer, tivesse nas suas mãos a possibilidade de decidir a respeito do destino de uma pessoa que muito lhe prejudicou?

Alguém que estendeu o manto da calúnia e destruiu o seu bom nome perante os amigos? Alguém que usurpou, com métodos desonestos, a sua empresa, fruto de seu labor de tantos anos?

Alguém que tenha ferido brutalmente a um membro da sua família?

Será que você lembraria da lição do perdão, ensinada por Jesus? Será que acudiriam à sua mente as palavras do mestre Galileu: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia?

Ou, ainda, a exortação a respeito de nos reconciliarmos ainda hoje com nosso adversário?

A propósito, conta-se que um escravo tornou-se de grande valor para o seu senhor, por causa da sua honradez e bom comportamento.

Dessa forma, seu senhor o elevou a uma posição de importância, na qualidade de administrador de suas fazendas.

Numa ocasião, o senhor desejou comprar mais vinte escravos e mandou que o novo administrador os escolhesse. Disse, contudo, que queria os mais fortes e os que trabalhassem melhor.

O escravo foi ao mercado e começou a sua busca. Em certo momento, fixou a vista num velho e decrépito escravo. Apontando-o para o seu senhor, disse-lhe que aquele devia ser um dos escolhidos.

O fazendeiro ficou surpreendido com a escolha e não queria concordar. O negociante de escravos acabou por dizer que se o fazendeiro comprasse vinte homens, ele daria o velho de graça.

Feita a compra, os escravos foram levados para a fazenda do seu novo senhor.

Deus não desampara

MENSAGEM:
O livro do Apocalipse está repleto de símbolos profundos.

Por conta disso, sua leitura costuma ser um tanto árdua.

Mesmo assim, dele podem ser extraídas preciosas lições, hábeis a ampliar o progresso espiritual.

Em determinado ponto da narrativa, consta o seguinte versículo:

E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição e não se arrependeu.

Essa pequena frase é rica de significados.

Ela evidencia a extrema bondade de Deus, manifestada para com todos os Seus filhos.

Perante os erros mais clamorosos, Ele Se posiciona como um Pai amantíssimo, embora justo.

Muitos insistem pela rigidez e irrevogabilidade das determinações de origem Divina.

Entretanto, convém refletir sobre a essência sublime do Amor que tudo gerou e a tudo sustenta.

Esse amor apaga vidas escuras e faz nascer novo dia nos horizontes da alma.

Mediante as sucessivas vidas, viabiliza os mais improváveis reajustes e redenções.

Mesmo entre os juízes terrestres, existem providências fraternas, como a liberdade sob condições.

Por certo, não será o Tribunal Celeste constituído por inteligências mais duras e inflexíveis.

A casa do Pai é muito mais generosa do que qualquer figuração de magnanimidade que se possa conceber.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vidas sucessivas

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos espíritos amantes da verdade legítima.

A reencarnação é lei universal.

Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho.

O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos processos de resgate e reajustamento.

Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.

A Providência, todavia, corrige, amando... Não encaminha os réus a prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana, de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.

Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as circunstâncias que provocaram um crime.

O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os, periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
16a edição. Lição 110. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996.
"A missão do Espiritismo é educar para salvar... Educar: eis o rumo a seguir, o programa do momento." (Vinicius, "Em torno do Mestre")

Nossos entes queridos

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Um ponto importante, nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados. Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.
Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito instintivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.

Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.

Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo por si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.

À face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.

A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.

Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e construir a família; outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.

Essa irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos homens a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.

Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.

Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho, e, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Rumo Certo.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
5a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991.
" Espiritismo anda no ar: Difunde-se pela força mesma das coisas porque torna felizes os que o professam." (Allan Kardec)

Aborto delituoso

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001.
"O Espiritismo , que se funda no conhecimento de leis até agora incompreendidas, não vem destruir os fatos religiosos, porém sancioná-los, dando-lhes uma explicação racional." (Allan Kardec)

Caridade

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Caridade é , sobretudo, amizade.

Para o faminto - é o prato de sopa.

Para o triste - é a palavra consoladora.

Para o mau - é a paciência com que nos compete auxiliá-lo

Para o desesperado - é o auxílio do coração.

Para o ignorante - é o ensino despretensioso.

Para o ingrato - é o esquecimento.

Para o enfermo - é a visita pessoal.

Para o estudante - é o concurso no aprendizado.

Para a crianca - é a proteção construtiva.

Para o velho - é o braço irmão.

Para o inimigo - é o silêncio.

Para o amigo - é o estímulo.

Para o transviado - é o entendimento.

Para o orgulhoso - é a humildade.

Para o colérico - é a calma.

Para o preguiçoso - é o trabalho.

Para o impulsivo - é a serenidade.

Para o leviano - é a tolerância.

Para o deserdado da Terra - é a expressão de carinho.

Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, por que, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.

*   *   *
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Viajor.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
Araras, SP: IDE, 1985.
"O amor é o coração do Evangelho e o espírito do Espiritismo chama-se caridade." ("Opinião Espírita")

Educandário de luz

TEXTO PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER DO ESPÍRITO EMMANUEL
Ninguém se reconheceria fora da paciência e do amor que Jesus nos legou, se todos freqüentássemos a universidade da beneficência, cujos institutos de orientação funcionam, quase sempre nas áreas da retaguarda.
Aí, nos recintos da penúria, as lições são administradas, ao vivo, através das aulas inumeráveis do sofrimento.

Tanto quanto possas e, mais demoradamente nos dias de aflição, quando tudo te pareça convite ao desalento, procura experiência e compreensão nessa escola bendita, alicerçada em necessidades e lágrimas.

Se contratempos te ferem nos assuntos humanos, visita os irmãos enfermos, segregados no hospital, a fim de que possas aprender a valorizar a saúde que te permite trabalhar e renovar a esperança.

Quando te atormente a fome de sucesso nos temas afetivos e a ventura do coração se te afigure tardia, toma contato com aqueles companheiros que habitam furnas abandonadas, para quem a solidão se fez o prato de cada dia.

Ante os empeços da profissão com que o mundo te honra a existência, consagra alguns minutos a escutar o relatório dos pais de família, entregues ao desespero por lhes escassearem recursos à própria subsistência.

E, se experimentas dissabores, perante os filhos que te enriquecem a a alma de esperança e carinho, à face das tribulações que lhes gravam a vida, observa aqueles outros pequeninos que caminham nas trilhas do mundo, sem tutela de pai ou mãe que os resguarde, atirados à noite da criminalidade e da ignorância.

Matricula-te no educandário da caridade e guardarás a força da paciência.

Enriquece de cultura os dotes que te enfeitam a personalidade e realiza na terra os nobres ideais afetivos que te povoam os pensamentos, no entanto, se queres que a felicidade venha morar efetivamente contigo, auxilia igualmente a construir a felicidade dos outros.

Nosso encontro com aqueles que sofrem dificuldades e provações maiores que as nossas será sempre, em qualquer lugar, o nosso mais belo e mais duradouro encontro com Deus.
*   *   *
Emmanuel
Mensagem retirada do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
"Se Allan Kardec tivesse escrito que 'fora do Espiritismo não há salvação', eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...” (Chico Xavier)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O custo da gratidão

Qual será o melhor método para se ensinar a virtude da gratidão aos filhos? Haverá uma fórmula especial que dê resultado garantido?

Por vezes, o mais acertado provém de uma tomada de atitude, que determina um período de reflexão.

Mais ou menos como aconteceu com aquele garoto aos seus 13 anos.

Ele e o pai costumavam passear juntos aos sábados. Nada espetacular. Simplesmente uma ida ao parque, ou à marina para olhar os barcos.

Por vezes, uma visita em lojas de bugigangas, só para comprar aparelhos eletrônicos baratos, para desmontá-los ao chegar em casa e verificar seu sistema de funcionamento.

Algumas vezes havia uma parada na sorveteria. Randal nunca sabia se o pai iria ou não parar na sorveteria. Por isso, esperava ansioso, na volta para casa, que o pai enveredasse por aquela esquina decisiva. A esquina que significava animação e água na boca.

O pai do garoto, por vezes, tomava o caminho mais longo. Dizia que era para mudar um pouco o trajeto. Em verdade, parecia um jogo, onde ele ficava testando o autocontrole do filho.

Quando chegava na esquina, ele oferecia:

Quer um sorvete de casquinha?

O garoto pedia sorvete de chocolate, e o pai, de creme. Andavam devagar até o carro e ficavam saboreando o sorvete. Para o garoto, aquilo era o paraíso.

Nobre sentimento da gratidão

Existem pessoas que reclamam da ingratidão. Algumas se afirmam desiludidas porque seus gestos de apoio e dedicação foram retribuídos com maldades e injustiças.

O bom, nisso tudo, é que é um número limitado de criaturas que ainda se permite contaminar pela ingratidão.

Quantos de nós recordamos pessoas queridas, que passaram por nossas vidas e deixaram o toque inconfundível de suas presenças, perfumando-nos as existências?

Uma revista de circulação nacional publicou, certa feita, uma carta recebida por uma grande editora brasileira. Dizia assim:

"Prezado senhor. Tomo a liberdade de tomar seu valioso tempo para lhe contar uma historinha inusitada e quase inacreditável, não fosse o fato do senhor ter conhecido bem o personagem da mesma: o Sr. Victor, seu pai.

Eu morava numa vila, em fins da década de 40 e começo de 50 e a garotada de 8 a 10 anos chegava da escola, jogava a mala em casa e saía para brincar.

Era só o que queríamos. Mas, nas tardes em que saíam revistas na banca de jornais, não havia brincadeiras.

A garotada ia para a banca adquirir as revistas e se enfurnava em casa para se deliciar com as historinhas.

À tarde, nos reuníamos para os nossos comentários sobre nossos heróis.

Mas, logo depois, certas histórias eram interrompidas para continuar na semana seguinte. Nós nos sentimos ultrajados. E se não desse para comprar a próxima? Como ficaríamos?

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